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2012 - Livro Vermelho 2013

Rudgea reticulata Benth. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-04-2012

Criterio:

Avaliador:

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie não ameaçada, ocorre em diversas localidades, ampla extensão de ocorrência, ocorre de forma disjunta entre os estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ocorre ainda em ampla faixa altitudinal, ao nível do mar a 600 m. Espécie pode estar ameaçada em avaliações regionais.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Rudgea reticulata Benth.;

Família: Rubiaceae

Sinônimos:

  • > Faramea saldanhaei ;
  • > Rudgea microcephala ;
  • > Rudgea symplocoides ;
  • > Uragoga quinquecornuta ;
  • > Uragoga retifolia ;
  • > Uragoga symplocoides ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Espécie descrita em Linnaea 23: 458-459. 1850.

Distribuição

Endêmica do Brasil; ocorre nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo; também na região leste de Minas Gerais e sul da Bahia; entre 0-600m de altitude (Zappi, 2003; 2012).

Ecologia

Caracteriza-se pelo hábito arbóreo, atingindo de 4-8m de altura (Zappi, 2003).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes As Restingas estãolocalizadas em áreas costeiras. O intenso processo de degradação acentuou asalterações e a perda de seus habitats. A modificação continua de suas paisagens resultouem uma considerável perda de suas áreas devido ao desmatamento. O estado do Rio de Janeiro é uma região da costabrasileira com o maior índice de ocupação humana, suas áreas de Restinga estãosob um dos maiores índices de pressão antrópica (Rocha etal., 2007).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes O ecossistema Restinga está seriamenteameaçado ao longo de toda a costa brasileira, devido à forte pressão antrópicacausada pela pecuária, agricultura, desenvolvimento urbano, e turismo. Apenaspoucas áreas deste ecossistema estão protegidos (precariamente), e açõesurgentes são necessárias a fim de assegurar a conservação desse importante ecossistema (Delprete, 2000).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes AMata Atlântica da costa brasileira já atingiu um estágio muito avançado defragmentação, e a preservação de suas áreas remanescentes é um dos maiores problemas de Conservação do País. No estadodo Rio de Janeiro, a Mata Atlântica que outrora cobria toda a sua extensãoencontra-se hoje reduzida a menos de 20% de sua cobertura original, estando osgrandes remanescentes, em sua maioria, sobre áreas montanhosas. A mata de baixada da costa fluminense, conhecida pela altadiversidade e endemismos da fauna e flora, durante séculos foi alvo de intensasperturbações antrópicas, intensificadas nas últimas sete décadas através da extraçãomadeireira, caça ou da substituição de suas florestas por áreas agrícolas e pelo processo de urbanização desordenada. A paisagem atual desta regiãoencontra-se muito fragmentada e desconectada, com pequenas manchas florestais,isoladas, perturbadas em sua maioria e circundadas por extensas matrizesantrópicas como pastos e monocultura além de áreas de desenvolvimento urbano (Carvalho et al.).

Ações de conservação

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Estadual Paulo César Vinha e Reserva Florestal Docemade, no Estado do Espírito Santo (Zappi, D., 2003), Reserva Biológica da União e Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, Estação Biológica de Caratinga, em Minas Gerais, e Estação Biológica Santa Lúcia, no Espírito Santo (CNCFlora, 2011).

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha daflora do Espírito Santo (Simonelli, M. & Fraga, C.N., 2007).

Referências

- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.449-461, 2009.

- CARVALHO, F.A.; NASCIMENTO, M.T,; OLIVEIRA, P.P. ET AL. A importância dos remanescentes florestais da Mata Atlântica da baixada costeira fluminense para a conservação da biodiversidade na APA da Bacia do Rio São João/Mico-Leão-Dourado/Ibama - RJ., Trabalhos Técnicos (Tema 2 - Biologia da Conservação), p.106-113.

- DELPRETE, P.G. Melanopsidium Colla (Rubiaceae, Gardenieae): a monospecific Brazilian genus with a complex nomenclatural history., Brittonia, v.52, p.325-336, 2000.

- ROCHA, C.F.D.; BERGALLO, H.G.; VAN SLUYS, M. ET AL. The remnants of restinga habitats in the brazilian Atlantic Forest of Rio de Janeiro state, Brazil: Habitat loss and risk of disappearance., Brazilian Journal of Biology, v.67, p.263-273, 2007.

- ZAPPI, D. Revision of Rudgea (Rubiaceae) in Southeastern and Southern Brazil., Kew Bulletin, v.58, p.513-596, 2003.

- ZAPPI, D. Rudgea reticulata in Rudgea (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014267>.

Como citar

CNCFlora. Rudgea reticulata in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Rudgea reticulata>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/04/2012 - 14:11:09